Consagrando Os Instrumentos Mágicos

Deixarei postado dois rituais de consagrações. Basta a você escolher qual achar melhor.
No primeiro você vai precisar de:
*Um lugar tranqüilo;
*Um copo com água da fonte (mineral), benta ou da chuva;
*Um punhado de sal grosso (se não for água benta);
*Um ou mais cristais;
*Uma vela branca;
*Um incenso;
*Um óleo aromático;
*Um pano virgem onde ficarão os objetos a serem consagrados.
Deixe seu dia preparado para este ritual. Separe roupas limpas. As cores vão depender do objeto que você irá consagrar e das energias que pretende invocar. Em geral, é bom se consultar os horários planetários também. Prepare o lugar onde vai realizar o ritual, deixando-o limpo e arejado, acendendo incensos umas horas antes.
Depois de varrer o local com uma vassoura comum, varra-o com sua vassoura mágica que pode ser feita com um ramalhete de ervas para purificação como arruda e aroeira. Reúna o material e acalme seu corpo e sua mente. De olhos fechados, imagine que você está brilhando dentro de uma aura azul. Agora diga em voz alta:
“A Deusa que nutre e alimenta, que cria e protege, eu a chamo neste momento para que se forme o círculo mágico”.
Com sua vara mágicka/bastão ou com seu dedo indicador, trace ao seu redor um círculo. Visualize um círculo de lua azul sendo formado enquanto traça. Todos os objetos a serem consagrados devem estar diante de você sobre um pano virgem. Ajoelhe-se e pegue o óleo em suas mãos em concha.
“Em nome da Deusa e do Deus de toda a Criação, que a Luz esteja sobre este óleo. O poder da Deusa está aqui”.
Passe o óleo nas mãos e pegue a vela. Passe as mãos na vela untando-a.
“Em nome da Deusa e do Deus de toda a Criação, que a Luz esteja sobre esta vela. O poder da Deusa está aqui”.
Coloque a vela em um castiçal (pode ser um pires) e acenda-a. Pegue o incenso e acenda na vela. Passe o incenso a sua volta, dizendo:
“Em nome da Deusa e do Deus de toda a Criação, que a Luz esteja sobre o ar que me cerca. O poder da Deusa está aqui”.
Coloque o incenso no incensário. Inspire profundamente. Com as palmas das mãos voltadas para cima, diga:
“Minha Deusa, Grande Mãe, criadora e geradora de toda a vida, ouça o pedido de seu(sua) filho(a). Eu peço que derrame sua Luz sobre este(e) intrumento(s) de magia e permita que este(a) seu(sua) servo(a) trilhe o caminho da magia e do bem. Assim como o Sol reina de dia e a Lua reina de noite, que seja feita minha vontade, se esta também for a sua”.
Agora, um por um, pegue os objetos a serem consagrados e erga-os para o alto dizendo:
“Em nome da Deusa, eu te consagro, ó ………………….. para que a partir de hoje tua missão seja guiar-me nos caminhos da magia”.
Passe o objeto pela chama da vela, pela fumaça do incenso e passe sobre ele um cristal (que tenha sido devidamente limpo), enquanto diz:
“Em nome da Deusa, pelo fogo eu te purifico, pelo ar te torno leve, pela terra eu te torno firme”.
Coloque um punhado de sal grosso dentro do copo com água (a menos que seja água benta). Respingue a água três vezes.
“E pela água sagrada eu te batizo. Teu nome é……………… (se quiser, pode dar um nome mágicko ao seu objeto)”.
Guarde seu objeto em um pano com ervas e pétalas de rosa, podendo também acariciá-lo com óleo aromático antes de guardá-lo. Agradeça às entidades que participaram deste ritual e despeça-se.
“Eu, …………………, agradeço aos servos da Deusa pelo suporte e apoio. Que meu caminho mágicko seja repleto de amigos visíveis e invisíveis e a Deusa possa alegrar-se com meu crescimento e minhas boas ações. Assim seja, assim se faça”.
Fique de pé.
“E neste momento, em nome da Deusa eu desfaço esse círculo mágicko para que todas as energias mágickas retornem aos seus lares”.
Bata palmas três vezes e visualize o círculo azul se desfazendo. Apague a vela sem soprar e deixe o incenso queimar. A água deve ser jogada em água corrente (na pia, com a torneira aberta, por cima do seu ombro).
Guarde seu objeto por sete dias pelo menos, depois ele já estará preparado para ser utilizado em trabalhos mágickos.
Outro ritual para consagrar objetos mágickos:
Você vai precisar de um pires com sal (representando o elemento terra), um incenso de cravo (representando o elemento ar), uma vela vermelha (representando o elemento fogo) e um copo de água (representando o elemento água).
Organize seu altar de acordo com a correspondência de elementos. O padrão é: Norte (terra), Sul (fogo), Leste (ar) e Oeste (água). Coloque o pentáculo no centro.
Acenda o incenso e a vela.
Você não precisa lançar o círculo mágico se não desejar. Se quiser um meio-termo, sente-se e visualize um círculo de luz azul ao seu redor. Quando achar que estiver bom, diga:
“Eu invoco a Deusa e o Deus para que abençoem os instrumentos que consagrarei neste rito.
Eu os dedicarei ao trabalho com a Arte.
Eu invoco os espíritos dos quatro elementos da Natureza para que estejam presentes neste rito,
trazendo sua força e proteção.
Abençoados sejam!”

Segure o instrumento que deseja consagrar e toque-o no pires com sal, dizendo:
“Eu consagro este instrumento pelos poderes da Terra.
Que toda a sua memória seja anulada, pois de agora em diante você está dedicado aos trabalhados sagrados da Magia. Que assim seja e que assim se faça, para o bem de todos”.

Passe agora o instrumento na fumaça do incenso e diga:
“Eu consagro este instrumento pelos poderes do Ar.
Que toda a sua memória seja anulada, pois de agora em diante você está dedicado aos trabalhados sagrados da Magia. Que assim seja e que assim se faça, para o bem de todos”.
Passe agora o instrumento na chama da vela e repita:
“Eu consagro este instrumento pelos poderes do Fogo.
Que toda a sua memória seja anulada, pois de agora em diante você está dedicado aos trabalhados sagrados da Magia. Que assim seja e que assim se faça, para o bem de todos”.

Respingue um pouco de água no instrumento e diga:
“Eu consagro este instrumento pelos poderes da Água.
Que toda a sua memória seja anulada, pois de agora em diante você está dedicado aos trabalhados sagrados da Magia. Que assim seja e que assim se faça, para o bem de todos”.

Eleve o seu instrumento e diga:
“Pelos poderes dos céus e da luz eu o consagro e o dedico à Arte da Grande Mãe!”
Toque o seu instrumento no chão e diga:
“Pelos poderes do submundo e das trevas eu o consagro e o dedico à Arte da Grande Mãe!”
Sopre no seu instrumento e diga:
“Pelo meu próprio poder eu o consagro e dou vida com este sopro para que você responda apenas a mim, me ajude e me proteja. Que assim seja e que assim se faça, pelo bem de todos”.
Desfaça o círculo de maneira habitual ou, se você apenas visualizou-o, feche novamente os olhos e veja-o se dissipando lentamente. Diga:
“O círculo de luz e poder está aberto, mas não foi quebrado.
Eu agradeço á Deusa e ao deus por suas bênçãos,
Eu agradeço aos espíritos dos elementos que trouxeram as suas bênçãos.
Vão em paz”.

Seu instrumento mágico está consagrado. Guarde-o com cuidado ou coloque-o junto aos outros em seu altar. Alguns bruxos acreditam que se alguém que não seja da Arte ou não tenha intenções sinceras e pouco confiáveis, deve-se realizar outro ritual para consagrar novamente as ferramentas. Siga sua intuição.


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As origens pagãs de nosso atual calendario

Antes de mais nada gostaria de esclarecer, que não é o meu propósito desmerecer as origens do nosso atual calendário “cristão” esclarecendo que suas origens são “pagãs”. O tempo da Inquisição já acabou, e acredito que com isso também deve ter passado o tempo de achar que a palavra pagão significa alguém ateu, “herege” ou até mesmo sem escrúpulos. No dicionário encontramos a seguinte referência da palavra pagão: pa.gão – adj. 1. Relativo a, ou próprio de pagão. 2. Diz-se do indivíduo que não foi batizado. 3. Diz-se das religiões nas quais não se adota o batismo. S. m. 1. Adepto de qualquer religião que não adota o batismo. 2. Indivíduo que não foi batizado. Fem.: pagã. Pl.: pagãos. (Dicionário Michaelis).
É muito natural que encontremos uma definição como essa em um dicionário atual, pois nossa cultura foi e ainda é fortemente influenciada pela tradição judaico-cristã… Mas se formos pesquisar à fundo as origens da palavra “pagão”, descobriremos outro significado para ela; do latim pagus ou paganus que significa simplesmente “camponês” ou “morador do campo”, ou seja pagão significa um indivíduo que habita no campo, em meio à natureza. É fácil explicar o por quê dessa palavra ter acumulado uma carga tão negativa ao decorrer dos anos: No início da expansão do Cristianismo em Roma, essa “Nova Religião” (comparada as crenças e tradições da Antiga Europa), estava mais difundida nas cidades grandes, e ainda não havia chegado ao campo, sendo assim os camponeses passaram muito mais tempo cultuando seus antigos deuses, sem a interferência do Cristianismo; o tempo passou e quando a Igreja Cristã começou a impor sua crença por motivos políticos, fez com que as pessoas acreditassem que as antigas fés eram “aversas ao Senhor”, “do mal e do Diabo”, fazendo com que os verdadeiros pagãos (camponeses) fossem considerados hereges e ateus, e então assim o verdadeiro significado da palavra pagão se distorceu no decorrer dos tempos, chegando até os dias de hoje com tal significado. Agora que já esclareci, vamos ao assunto: As Origens Pagãs de nosso Atual Calendário Os dias, meses e quase todas as festividades cristãs atuais tem origem principalmente nas antigas culturas pagãs da Velha Europa pré-cristã e da Mesopotâmia entre outros, e é o que veremos a seguir:




Os Dias da Semana

Há muito, muito tempo, os antigos sábios Caldeus decidiram associar os dias em grupos de sete de modo a facilitar a sua referenciação. Estes possíveis antecessores dos Babilônios basearam-se no seu sistema planetário, e nos sistemas enumerativos dos Judeus e Árabes. Escolheram o número sete, pois, nesse tempo, era tido como sagrado, por se manifestar em várias situações importantes, como por exemplo nos sete planetas conhecidos até então. Sete dias são igualmente adoração de cada uma das quatro fases da Lua. Desta forma se criou a semana como um período de sete dias. A semana caldaica, em analogia com a semana judaica, divulgou-se desde o século 2 a.C. na Ásia Menor, Egito e Grécia. Foi exactamente na Grécia que se fizeram os maiores avanços, sendo depois reproduzidos pelas outras culturas. À semana foi dado o nome hebdomas que indica a divisão em períodos de sete manhãs, ou dias, baseada nas fases da Lua. Mas, para que qualquer um pudesse aprender e saber qual o dia em questão, os sábios gregos adoptaram um método: deram-lhes nomes alusivos aos deuses. Assim, passaram a chamar a esses dias Theon hemerai, ou seja, dias dos deuses (Theon = deuses, hemerai = dias).
Aos primeiros dois dias foram atribuídos o Sol e a Lua; aos restantes, os deuses Ares, Hermes, Zeus, Afrodite, e Cronos. Então, os dias passaram a chamar-se hemera Heli(o)u, hemera Selenes, hemera Areos, hemera Hermu, hemera Dios, hemera Aphrodites, hemera Khronu.
Os critérios de escolha destes deuses são desconhecidos; mas não as suas representações. O Sol não tinha nenhuma específica, sendo somente um deus herdado de povos anteriores. Por vezes era representado como estando em oposição, outras em união, com a Lua. Os outros deuses tinham uma representação mais concreta: Ares era o deus da guerra; Hermes, deus do comércio e dos viajantes; Zeus, deus dos Céus e dos deuses (o deus grego supremo); Afrodite, deusa do amor e da beleza. Cronos foi o deus que governou o Universo até ser destronado pelo seu filho Zeus; julga-se que aquele representava, depois de destronado, o tempo atmosférico.
Mais tarde, quando o Império Romano invadiu a Grécia, aquele absorveu grande parte da cultura deste. No caso do método da divisão do tempo, somente a nomenclatura dos deuses foi substituída, sem alteração das suas representações. Os dias passaram, assim, a chamar-se Solis dies (Sol), Lunae dies (Lua), Martis dies (Marte), Mercurii dies (Mercúrio), Jovis dies (Júpiter), Veneris dies (Vénus), Saturni dies (Saturno).
Esta nomenclatura conservou-se nas línguas românicas (francês, espanhol,…) com excepção da portuguesa e nalgumas das celtas, anglo-saxónicas e germânicas. (Nestas últimas, foi seguido o mesmo método utilizado pelos romanos relativamente à alteração da nomenclatura dos deuses).
Por influência judaica e cristã, Saturni dies foi substituído por sabbatum (Sábado), e Solis dies por dies dominica (Domingo). Sábado vem do hebreu Shabbat e significa “cessar” ou “descansar”, sendo o 7º dia no calendário judaico. Domingo, com o significado de “Dia do Senhor”, ou seja, da “Ressurreição de Cristo”, fundamenta-se unicamente na Bíblia, em que é tido, em várias passagens, como o 1º dia da semana. No mesmo contexto, hebdomas foi traduzido para septimana.
Mas os Hebreus, por seu lado, alteraram radicalmente a nomenclatura, fazendo uma contagem entre cada dois sábados consecutivos: prima sabbati, secunda sabbati, etc. Este sistema único foi adoptado por diversos cristãos desde fins do séc. II. O Papa S. Silvestre (314-335) oficializou-o, inclusive, nas funções litúrgicas, substituindo, porém, sabbat por feria, esta com o significado de “festa”, “feira” ou “dia de oração”.
Apesar deste sistema enumerativo, com a palavra feria, ter sido consagrado pelo calendário eclesiástico, e de Santo Agostinho ter criticado a nomenclatura pagã com deuses (In Psalmum XCIII, 3), apenas vingou na língua portuguesa (até aos nossos dias) e, em parte, para o galego antigo. (Daqui apenas sobreviveu o Sábado no Espanhol).
Em inglês, os nomes dos dias da semana constituem uma volta direta aos antigos deuses pagãos:
Sunday, o Sol
Monday, a Lua
Tuesday, Tiu, deus da guerra e do céu
Wednesday, Wotan, rei dos deuses
Thursday, Thor, deus do trovão
Friday, Freya, deusa da paz e das colheitas
Saturday, Saturno, o deus romano do tempo e dos festejos
O inglês e as outras línguas norte-germânicas honram Sunday. As línguas latinas, porém, homenageiam o Senhor com o nome desse mesmo dia (domingo, domenica, dimanche).
Os planetas astrológicos antigos, dispostos na seqüência geocêntrica (Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno), segundo vértices de heptágono estrelado (3\3), fornecem a origem de nomes dos dias da semana em vários idiomas. Essa seqüência coincide, dentro do simbolismo da astrologia, com características de diferentes idades cronológicas do ser humano. Dias da semana em inglês: Sunday, Monday, Tuesday (do anglo-saxão Tiw, deus da guerra), Wednesday (Woden na Germânia ocidental equivalente ao deus grego Hermes Trimegisto e ao romano Mercúrio), Thursday (Thor, deus nórdico da trovoada, equivalente a Jupiter romano, ou Jove), Friday (Frigga ou Freya, deusa nórdica do amor e da fertilidade) e Saturday. Em frances e espanhol, alem do dia do Senhor (Dimanche e Domingo), há Lundi e Lunes, Mardi e Martes, Mercredi e Miercoles, Jeudi e Jueves, Vendredi e Viernes, e Samedi e Sábado. Outras palavras usuais, como “desastre” (dos astros), “jovial”, “marcial”, “lunático”, “saturnismo”, circulação “venosa” e doenças “venéreas”, também são de origem astrológica.



Os Meses
A maior parte do texto explicativo sobre os meses foi compilado por mim do Anuário da Grande Mãe (Mirella Faur – Editora Gaia), um livro recheando de informações que nos remete às verdadeiras origens do calendário atual. Revisei, resumi e acrescentei algumas notas além de algumas correções.



Janeiro
O primeiro mês do atual calendário gregoriano, foi nomeado em homenagem ao casal divino Janus e Jana, ou Dianus e Diana, antigas divindades pré-latinas, tutelares dos princípios, das portas e entradas e dos começos de qualquer ação ou empreendimento. Governando o Sol e Lua, Janus e Jana eram os primeiros invocados nas cerimônias, nos rituais e nas bênçãos de qualquer atividade. Com a chegada dos latinos, eles foram substituídos pelo casal divino de sua própria tradição, Júpiter e Juno. Ainda assim, o culto a Janus permaneceu, sendo sua benção necessária para qualquer empreendimento autorizado por Júpiter.
Janus eram considerado o deus do Sol e do dia, o guardião do Arco Celeste, e de todas as portas e entradas, inventor das leis civis, das cerimônias religiosas e da cunhagem das moedas, que representavam-no como um deus com dois rostos, um virado para o passado e outro para o futuro. Os atributos de Jana foram assumidos por uma das manifestações da deusa Juno, representada como uma deusa dupla Antevorta (que olhava para trás e lembrava o passado) e Festvorta (que olhava para frente e detinha o poder da profecia).
De acordo com a tradição e a cultura de cada povo, este mês é conhecido sob vários outros nomes. No calendário sagrado druidico (provém dos “Druidas”, antigos sacerdotes celtas), que usa letras do alfabeto Ogham e árvores correspondentes, é o mês do álamo e da letra Fearn.
Já na tradição dos povos nativos norte-americanos, são várias as denominações, como Lua do Lobo, Lua da Neve, Lua Fria, Lua Casta e Mês da Quietude.
Os países nórdicos e celtas celebravam neste mês as Nornes – as três Deusas do Destino – , a deusa tríplice Morrigan – senhora da vida, da morte e da guerra – e Frigga (ou Freya) – a deusa padroeira do amor e dos casamentos.
Na Índia, comemorava-se Sarasvati, a deusa dos rios, das artes e dos escritos, com os festivais Besant Panchami e Makara Sankranti. Na antiga Suméria, celebrava-se a deusa do amor e da fertilidade Inanna e a deusa lunar Anunit.
Sekhmet, a deusa solar com cara de leoa e Hathor, a deusa lunar adornada com chifres de vaca, eram celebradas no Egito. A Grande Mãe era honrada em suas representações como a deusa eslava anciã Baba Yaga e a criadora africana Mawu. Várias comemorações gregas e romanas homenageavam as deusas Kore, Justitia, Carmenta, Athena, Pax, Ceres, Cibele e Gaia (o espírito da Mãe Terra).
No Oriente, reverenciavam-se os ancestrais, as divindades da boa sorte, do lar e da riqueza, invocando as bençãos para o Ano Novo e realizando vários rituais para afugentar as energias maléficas e os azares.
Apesar das diferenças geográficas, climáticas, mitológicas e sociais, todas as antigas culturas tinham cerimônias específicas para fechar um velho ciclo (o ano velho) e celebrar o início de outro (o ano novo).



Fevereiro
Alguns escritores consideram o nome deste mês derivado do nome do deus romano Februus, posteriormente identificado com Plutão. Fontes mais antigas, no entanto citam a deusa Februa como a padroeira do mês. Februa era a deusa da “febre do amor”, da paixão, tendo sido mais tarde transformada em um dos dois aspectos da deusa Juno. Seus ritos orgiásticos persistiram ao longo dos tempos, tendo sido transformados na comemorações cristã de São Valentim, quando amigos e namorados trocam entre si bilhetes em forma de coração e presentes, na Europa e nos Estados Unidos.
O nome celta deste mês é Feabhra e o anglo-saxão, Solmonath, assinalando o retorno da luz após a escuridão do inverno.
No calendário sagrado druidico, a este mês é atribuido a letra Saille do alfabeto oghâmico, sendo o salgueiro a árvore correspondente.
Nas tradições dos povos nativos, os nomes deste mês retratam ou rigores climáticos do hemisfério norte – Lua da Neve, Lua da Tempestade, Lua da Fome, Lua Selvagem – ou as antigas práticas de purificação espiritual – Lua Vermelha, Mês da Purificação.
Fevereiro é o mês mais curto do ano. Segundo uma lenda, perdeu um dia a favor de Agosto. Inicialmente os meses alternavam entre trinta e trinta e dois dias, mas em algum momento foi alterado e o mês perdeu dois dias em relação aos outros, exceto nos anos bissextos.
Na antiga Grécia, celebravam-se neste mês, os Mistérios Menores de Eleusis, com o retorno da Deusa Kore do mundo subterrâneo e o despertar da natureza. Celebram-se também, durante a lua cheia o festival da deusa Afrodite.
Em Roma, os festivais de Parentália e Ferália louvavam os ancestrais, o de Lupercália promovia rituais de purificação e fertilidade, o de Terminália reforçava a proteção das propriedades, enquanto os de Concórdia celebravam a paz e a harmonia entre as pessoas. Comemorava-se também Diana, a deusa Lua e das florestas.
Na Lua Cheia deste mês, comemorava-se na China, a deusa da compaixão e misericórdia Kuan Yin, enquanto que na Lua Crescente celebrava-se, na Índia, a deusa Sarasvati e, no Japão a deusa solar Amaterasu, com o festival das lanternas Setsu-Bun-O.
O povo Inca tinha o Festival do Grande Amadurecimento, chamado Hatun Pucuy.
Os judeus celebram-se até hoje o Purim, festival dedicado à Rainha Esther, que salvou o povo hebraico de um massacre. As famílias vão à sinagoga e depois festejam com comidas tradicionais. As crianças se vestem com fantasias e encenam peças de teatro, trocando depois presentes entre si.



Março
Mês dedicado ao deus romano Marte ou Marvos, padroeiro da guerra e da agricultura. Marte apresentava-se sob três aspectos: como deus da guerra, chamava-se Gradivus, como deus silvestre dos campos e dos bosques, Silvanus e como padroeiro do estado romano, Quirinus. Sua consorte era Nerine ou Nereis, a deusa da guerra equivalente à deusa romana Bellona.
Na Irlanda, este mês era chamado Mian Mharta, enquanto os saxões o chamavam Lentzinmonath, o mês da renovação. No calendário sagrado druidico, a letra Ogham correspondente é Nuin e a árvore é o freixo.
Os povos nativos nomearam este mês sob diversas formas: Lua da Tempestade, Lua dos Ventos, Lua do Arado, Lua das Sementes, Lua do Corvo, Lua da Seiva e Mês da Renovação.
Para os romanos, este mês representava o início do Ano Novo, começando no equinócio da primavera, em torno do dia 21, data mantida até hoje como o início do Ano Zodiacal. Os gregos renovavam o fogo sagrado em suas lareiras, invocando a proteção da deusa Vesta para os seus lares.
As mulheres romanas louvavam neste mês a deusa Juno Lucina, a protetora das crianças, das mulheres, das mulheres e das famílias. Na Grécia antiga, comemorava-se a chegada da primavera com competições esportivas e artísticas dedicadas à deusa Athena, com a festa das flores Anthesteria homenageando a deusa Flora e com as procissões de Junonália, para a deusa Juno.
Em Canaã celebrava-se a deusa Astarte com oferendas de ovos pintados de vermelho, simbolizado o despertar da natureza e a energia de um novo ciclo. Também na Europa, faziam-se oferendas de ovos coloridos para a deusa da fertilidade e do renascimento Eostre, cujo nome originou a palavra anglo-saxã Easter (Páscoa) e a raiz do nome do hormônio feminino, estrogênio. Nos países celtas (Irlanda, País de Gales, Escócia) celebravam-se as várias deusas: Rhiannon, do amor, Sheelah Na Gig, da sexualidade e Anu, da abundância.
As comemorações da deusa romana da terra, Cibele, reencenavam os antigos mistérios da morte/renascimento, representados pela ressurreição de seu filho e consorte Attis, enquanto que as celebrações da deusa Anna Perenna visavam atrair a fertilidade, a prosperidade e a abundância da terra. No Egito, comemorava-se Ísis, a deusa dos mil nomes; Bast, a deusa solar; Ua Zit, a deusa serpente e Maat a deusa da justiça.
O festival inca Pacha Puchy era dedicado ao amadurecimento da terra e das colheitas.



Abril
Originalmente inspirado em Aphrodite, a deusa grega da vida e do amor, o nome deste mês foi posteriormente adaptado pelos romanos para Aprilis, “o tempo das flores e folhas em botão”. A palavra “aperire” significava abrir, lembrando o atributo menos conhecido desta deusa: o de guardiã do portal da vida. Ela era representada nua, com as mãos representadas para seus órgãos genitais, a passagem que permite à alma “abrir a porta da vida”
Abril é o mês de abertura no hemisfério nórdico: abertura da terra para receber as sementes; das sementes, que germinam e dos botões que se abrem em flor.
O nome anglo-saxão deste mês era Easter Monath, que até hoje é mantido na palavra Easter (Páscoa). Reverenciava-se a deusa da primavera Eostre, assemelhada a Afrodite. Na Irlanda, este mês era chamado Aibreau e na tradição Asatru (nórdica), Ostara.
No calendário sagrado druidico, a letra Ogham correspondente é Huathe, a árvore sagrada é o espinheiro.
Os povos nativos tinham vários nomes para este mês: Lua da Semente, Lua do Plantio, Lua das Árvores em Botão, Lua do Semeador, Lua do Semeador, Lua da Lebre, Lua da Relva Verde, Lua das Árvores que crescem, Lua Cor-de-Rosa, Mês do Crescimento.
Neste mês, havia inúmeras celebrações e comemorações nas tradições e culturas antigas.
Em Roma, a festa de Megalésia festejava Cibele, a deusa da terra, cujo culto veio da Ásia Menor, onde menor venerada como a Grande Mãe. O festival romano de Florália celebrava a deusa das flores e da alegria Flora, enquanto o festival Cereália comemorava-se o retorno da deusa Proserpina do mundo subterrâneo e alegria de sua mãe, Ceres, enchendo a Terra de folhas flores. As mulheres romanas homenageavam a deusa Fortuna Virilis para ter sorte no amor.
Em Canaã e na Fenícia, reverenciava-se a deusa lunar ornada de chifres Anahita ou Anat e Anait, enquanto nos países celtas celebravam-se as deusas solares Aine e Brighid.
Atualmente, o Festival Japonês das Flores festeja o nascimento de Buda mas, na tradição shintoísta, cultuavam-se os ancestrais, adornando suas lápides com flores.
Nos países nórdicos, 1º de abril é dedicado ao deus trapaceiro Loki e é considerado o Dia da Mentira e dos Bobos. Em vários países, o Dia dos Bobos permite brincadeiras e piadas em lembrança da mudança do calendário e da saída dos pacientes internados em hospícios para desfrutarem de liberdade.
No Egito, comemorava-se Bast, a deusa solar com cabeça de gato. No hemisfério sul, os incas tinham o festival Camay Inca Raymi.



Maio
A deusa grega Maia, mãe do deus Hermes, e a mais importante das “Setes Irmãs” – representadas pela constelação das Plêiades -, deu origem ao nome deste mês. Maia, também chamada de Maius pelos romanos, era a deusa do calor vital, da sexualidade e do crescimento, sendo homenageada durante o festival de Ambervália, que incluía rituais de purificação e de proteção e de proteção da terra.
O nome anglo-saxão antigo do mês era Thrimilcmonath ou “o mês em que as vacas dão leite três vezes ao dia” e, na tradição Asatru, é Merrymoon. No calendário sagrado druidico, a letra Ogham correspondente é Duir e a árvore sagrada é o carvalho.
Os povos nativos norte-americanos denominaram este mês de Lua Alegre, Lua Brilhante, Lua Flor, Lua do Retorno dos Sapos, Lua do Leite, Lua do Plantio do Milho, Lua das Folhas e Mês da Alegria, entre outros.
Na tradição celta, o nome do mês era Mai e era considerado um período de liberdade sexual. Celebrava-se a fertilidade da natureza (vegetal, animal e humana) durante os fogos cerimoniais de Beltane.
Dois dos rituais antigos dedicados à deusa irlandesa da vida, da morte e da sexualidade Sheelah Na Gig, permaneceu o hábito de pendurar roupas velhas nos espinheiros, no quarto dia do mês, para afastar a pobreza e o azar.
Na Roma antiga, comemorava-se a deusa Bona Dea, a protetora das mulheres e homenageavam-se os Lemúres, os espíritos dos ancestrais, durante o festival de Lemúria, com oferendas em seus túmulos.
Os antigos gregos tinham os rituais de Kallynteria e Plynteria para a limpeza dos templos e das estátuas e festivais especiais para celebrar Pan, o deus da virilidade e da vegetação, Perséfone, a rainha do mundo subterrâneo e seu consorte o deus Plutão.
Comemoravam-se também Diana, a deusa da Lua e da vida selvagem e as Parcas, as deusas do Destino.
Asherah, a Grande Mãe dos semitas, marcava o início do mês, celebrada com oferendas de frutas e fitas, como a Árvore da vida nos bosques sagrados.
Perchta, a Deusa Mãe, era reverenciada na antiga Alemanha e as Três Mães em vários lugares da Europa.
Os celtas celebravam as deusas da guerra Macha e Maeve, Blodeuwedd, a deusa das flores e Cerridwen, a guardiã do caldeirão sagrado.
Na França, durante o festival das Três Marias, os ciganos festejam até os dias de hoje a deusa Sara Kali – posteriormente cristianizada como Santa Sara – com procissões, danças, casamentos e feiras. É a única celebração do aspecto feminino do Divino, a Deusa, ainda mantida viva, as Três Marias representando a Trindade Feminina encontrada na maior parte das antigas religiões e tradições.
As culturas eslavas celebravam a deusa da natureza Lada, os finlandeses a deusa da sorveira Rauni, enquanto os povos nativos de vários lugares (Tibet, Rússia, Américas do Norte e Central) reverenciavam os espíritos da natureza, as divindades da chuva e os deuses da Terra.



Junho
Originalmente, o nome deste mês era Junonius, em homenagem a Juno, a deusa romana padroeira dos casamentos e das mulheres. Equivalente a deusa grega Hera, Juno era invocada nos casamentos para garantir a felicidade duradoura por seu aspecto de padroeira e protetora das funções e atributos femininos. Por isso antigamente as mulheres procuravam casar neste mês, tradição mudada pela Igreja Católica para o mês de Maio, apesar da antiga crença de que casar neste mês traria azar.
Como governante e da estação mais clara e quente do ano, Juno era a contraparte luminosa de Janus, o regente do mês de janeiro.
No hemisfério norte, durante este mês, percebia-se um acréscimo de energia de energia psíquica, favorecendo a aproximação e o intercâmbio com o seres elementais e os espíritos da natureza, que poderiam se tornar acessíveis e visíveis desde que devidamente agradados e invocados.
Os antigos nomes deste mês eram Meitheamh para os irlandeses, Aerra Litha para os anglo-saxões, e Brachmonath para os nórdicos. No calendário sagrado druidico, a letra Ogham correspondente é Tinne e a planta sagrada é o azevinho.
Os nativos norte-americanos chamavam este mês de Lua dos Amantes, Lua de Mel, Lua dos Morangos, Lua da Rosa, Lua dos Prados, Lua do Sol Forte, Lua dos Cavalos, Lua da Engorda, e Mês do Intervalo, entre outros.
Neste mês, os povos europeus celebravam o solstício de verão com vários rituais, encantamentos, práticas oraculares, festas, fogueiras, danças e feiras. Nos países eslavos, o nome dos festivais variava (Kupalo, Jarilo, Kostroma, Sabotka, Kreonice ou Vajano), mas sua tônica era a mesma.
No Egito durante a Lua Cheia, homenageava-se a deusa Hathor com o festival de Edfu. A procissão com a estátua da deusa, retirada de seu templo de Dendera durante a lua nova, culminava com sua chegada no templo de Hórus, em Edfu, para o casamento sagrado destas divindades. Durante as faustosas celebrações, muitos casais aproveitavam os influxos auspiciosos do evento para imitar o exemplo dos deuses e se casar. A deusa lunar Hathor regia o amor, a beleza, a união e a fertilidade e, casar-se durante sua celebração na Lua Cheia, garantia sua bençãos para o casal. Também no Egito, celebravam-se as deusas Ísis e Neith, com o Festival das Lanternas, enquanto que na Índia, um festival exclusivo de mulheres homenageava a deusa Parvati.
Na Grécia antiga, durante a Lua Nova, celebrava-se Ártemis – a deusa lunar padroeira das florestas e dos animais -, as Horas – deusas menores das estações – , e as Dríades – as ninfas das árvores. Em Roma comemoravam-se as deusas Carna – da saúde -, Cardea – a protetora das casas – e Hera e Vênus – as padroeiras das mulheres e do amor.
Os povos nativos norte-americanos festejam, neste mês, o retorno das Kachinas, os espíritos ancestrais da natureza para a sua morada subterrânea, após terem proporcionado o crescimento da vegetação. Os incas celebravam Inti Raymi, a Grande Festa do Sol e a gratidão pela colheita do milho.



Julho
Em 46 a.C., no “ano da confusão”, o imperador Júlio César resolveu reorganizar o caótico calendário romano. Em sua homenagem, Quintilis, o nome original deste mês foi modificado. O calendário juliano permaneceu válido pelos próximos mil e seiscentos anos, sendo substituído em 1582, pelo gregoriano. O nome deste mês continuou, como prova de admiração pelo trabalho reformador de Júlio César.
Outros nomes antigos atribuídos a este mês foram: na Irlanda, Iuil; nos países anglo-saxões, Aftera Litha ou “após Litha”, a celebração do solstício e nas regiões nórdicas, Maedmonath ou Hevoimonath. Os povos nativos nomearam este mês de Lua das Plantas, Lua de Sangue, Lua da Benção, Lua do Trovão, Lua dos Prados e Mês do Feno.
No calendário sagrado druidico, a letra Ogham correspondente é Coll e a arvore sagrada é a aveleira.
Na Roma antiga, este mês abrigava dois grandes festivais: Nonae Caprotinae, dedicado à deusa Juno e Neptunália, celebrando o deus Netuno e a deusa Salácia. Comemorava-se, também, o amor de Vênus e Adonis.
Os Gregos celebravam neste mês, as Olimpíadas, as famosas competições de atletismo, drama e música. Os ganhadores eram muito aclamados e valorizados, pois uma vitória nas Olimpíadas era uma grande conquista, tanto para o indivíduo quanto para sua cidade. Este festival era dedicado a Zeus, e no seu decorrer, nenhuma disputa era interrompida. Neste mês celebrava-se, também, Panathenaea, o festival dedicado a deusa Athena e as procissões para a deusa Deméter.
No Egito, celebrava-se o casamento sagrado de Ísis e Osíris com o Festival Opet marcando o início do ano novo. Havia, também, comemorações menores em homenagem aos aniversários de Ísis, Nephtys, Maat, Osíris, Seth e Hórus. Nos países nórdicos, havia vários festivais e celebrações, como os da deusa celta Cerridwen, da deusa solar Sunna, da senhora do mundo subterrâneo Holda, da deusa do mar Ran e das três senhoras do destino, as Nornes.
Celebrações budistas e shintoístas no Japão honravam os espíritos dos ancestrais durante o Bon, o Festival das Lanternas. Os templos, as casas e os cemitérios eram limpos e enfeitados com flores e lanternas. Oferendas eram colocadas nos túmulos festejando a volta dos espíritos dos mortos para perto de seus familiares durante três dias. Também no Japão, comemoravam-se as deusas Amaterasu, Fuji e Chih Nu; na Índia o festival Naga Panchami homenageava a deusa Manasa Devi. No hemisfério sul, os incas abençoavam a terra para um novo plantio com a cerimônia Chahua-huarquiz. Os índios norte-americanos festejavam a colheita e a despedida dos Kachinas, enquanto os maias celebravam vários deuses e deusas no começo do seu ano novo.



Agosto
Outrora chamado de Sextilis no calendário romano, este mês teve seu nome mudado para Augustus em honra ao imperador Augustus César. O título “august”, dado apenas aos imperadores ou “augur”, dados apenas aos sacerdotes, é decorrência de um dos aspectos da deusa Juno Augusta – e está relacionado ao poder profético conferido aos homens pelas divindades.
O nome anglo-saxão deste mês é Weodmonath e o nórdico Aranmonath. Os povos nativos chamaram-no de Lua da Colheita, Lua da Cevada, Lua do Milho, Lua quando as Cerejas ficam Pretas, Lua das Disputas ou Mês da Vegetação.
No calendário druidico, a letra Ogham correspondente é Quert e a árvore sagrada é a macieira. Durante este mês, em vários países, celebrava-se a colheita dos cereais. Os celtas dedicavam o primeiro dia do mês ao Sabbat Lughnassadh ou Lammas, o primeiro festival da colheita. Lammas em inglês arcaico, significava a Missa do Pão (Loaf Mass), descrevendo assim, a festa do pão fresco, feitos dos primeiros grãos de trigo.
Os romanos também tinham seus festivais de colheita, Consuália e Opseconsiva, reverenciando o deus Consus e a deusa Ops (regentes dos depósitos de grãos e da colheita) com oferendas de pão fresco e vinho. No final do mês, a festa Charisteria agradecia as dádivas das divindades da terra.
O deus Vulcano era celebrado com três festividades: Portunália, Volturnália e Volcanália. Para contrabalançar essas cerimonias do fogo, eram também reverenciadas as deusas Juturna (das fontes) e Stata Mater (da proteção contra os fogos), assegurando, assim, a proteção contra os incêndios, freqüentes nessa época de calor e seca.
Na Grécia, o dia treze era dedicado a Hécate, a Rainha da Noite, senhora do submundo e guardiã das encruzilhadas; o dia vinte e três, por sua vês, era para Nêmesis, a deusa da justiça, da vingança e da punição justa. Nessas celebrações, as pessoas cujos pedidos haviam sido atendidos, iam em procissão, carregando tochas, até os templos das deusas onde eram feitos os rituais.
No Egito, abençoavam-se os barcos, e na Índia comemorava-se Ganesha, o deus com cabeça de elefante, pedindo-lhe que removesse os obstáculos e azares, ofertando-lhe flores e arroz.



Setembro
No antigo calendário romano, Septem era o sétimo mês. Apesar da mudança do calendário e do acréscimo de outros meses, seu nome permaneceu o mesmo e Pomona, a deusa romana padroeira dos frutos e das árvores frutíferas, foi escolhida sua regente.
O nome irlandês deste mês era Mean Fomhair, o anglo-saxão Haligmonath e o nórdico Witumonath. Os povos nativos o chamavam de Lua do Vinho, Lua da Cantoria, Lua do Esturjão, Lua da Madeira, Lua quando o Gamo bate a pata no Chão e Mês Sagrado, entre outros.
No calendário druidico, a letra Ogham correspondente é Muin e a planta sagrada é a videira.
Neste mês, em vários lugares do hemisfério norte, era celebrado o equinócio de outono, chamado pelos povos europeus de Sabbat Mabon ou Alban Alfed. Reconhecia-se, e comemorava-se a diminuição da luz, do calor e do ritmo da vida, à espera dos meses de atividades reduzidas e de introspecção. Comemorava-se a regência das “Deusas Escuras”, as Senhoras da Noite, do mundo subterrâneo, da morte, da reencarnação e dos mistérios espirituais. Os povos celtas e escandinavos consideravam este mês um tempo para o desenvolvimento do ser, olhando para dentro, e além de si mesmo, observando em sua totalidade e não apenas o mundo cotidiano.
A mais famosa cerimônia grega – os Grande Mistérios Eleusínios – homenageava as deusas Deméter e Perséffone. Cercados de profundo mistério e silêncio, esses rituais eram reservados apenas aos iniciados e reencenavam os mistérios da morte e do renascimento. Outra importante festa grega era dedicada à deusa Themis, guardiã da ordem social e da consciência coletiva, protetora dos inocentes e executora dos que transgrediam as leis.
No Egito, a cerimônia do “Ascendimento dos Fogos” celebrava os deuses e deusas, colocando-se lanternas e tochas em todos os altares e estátuas. Festejava-se também Thot, o deus lunar com cabeça de íbis, senhor das palavras sagradas e das leis da magia.
Na China, reverenciava-se a Lua durante o Festival de Yue Ping, na qual as pessoas presenteavam os amigos com bolos em formato de meia-lua ou lebre. Na Índia, a deusa Gauri era homenageada com doces feitos com mel, os quais eram depois comidos pelas pessoas para terem mais doçura em suas vidas.
Também os incas celebravam a Lua, na forma da deusa Mama Quilla, durante o ritual de purificação e agradecimento Citua, próximo ao equinócio.



Outubro
Mesmo após o acréscimo de novos meses, em várias mudanças de calendário, Octem – o oitavo mês do calendário romano antigo – continuou assim sendo chamado.
Os antigos povos europeus, chamavam este mês de Lua de Sangue devido aos preparativos para o inverno, quando se caçava ou matava os animais que não serviam mais para reprodução, defumando-se a carne. Na Irlanda, o mês chamava-se Deireadh Fomhair, sendo o nome anglo-saxão Winterfelleth e o nórdico Windurmonath.
Os nativos norte americanos o denominaram também de Lua de Sangue, Lua dos Mortos, Lua da Caça, Lua das Folhas que Caem, Lua da Vindima, Lua da Mudança de Estação e Mês do Tempo Mutável.
No calendário sagrado druidico, a letra Ogham correspondente é Ngetal e a planta sagrada é o junco.
Os celtas celebravam neste mês Cernunnos, o Deus Cornífero* (Posteriormente, a Igreja Cristã, transformou o Deus Cornífero na imagem de “Satã” o adverso de “Deus” na tradição judaico-cristã, o “Senhor do Mal”, com o objetivo de denegrir a antiga religião, fazendo com que o Catolicismo se expandisse cada vez mais. Os antigos celtas, e pagãos em geral, jamais acreditaram em demônios ou em uma divindade totalmente maligna, pois seus deuses sempre tiveram tanto virtudes quanto defeitos muitos semelhantes aos seres humanos. O fato de hoje em dia o “capeta” ser representado com chifres, é pelo fato de a Igreja ter dito que Cernunnos era o “Diabo”, e ser representado como um homem com chifres de alce, por ser um deus silvestre do campo e das florestas). O Deus Cornífero, era o caçador para os celtas, o consorte da Deusa e a representação do poder fertilizador masculino.
Na Grécia, o mês começava como Festival da Thesmophoria, reservado apenas às mulheres. Durante três dias, reencenava-se o retorno da deusa Perséfone a seu reino no mundo subterrâneo. Invocavam-se também as deusas Deméter e Ártemis, para punir todos aqueles que tinham ofendido ou agredido mulheres. As sacerdotisas liam as listas com seus nomes e acreditavam-se que os culpados, assim amaldiçoados, morreriam até o final do ano. Durante os rituais de Thesmophoria, eram feitas oferendas de leitões nos altares montados nas frestas da terra, sendo os restos das oferendas do ano anterior misturados à terra recém-arada, invocando assim, o poder fertilizador de Deméter. Nos países nórdicos, o Festival Disirblot celebrava a deusa Freya.
Na Índia celebrava-se a deusa Durga, com o festival de quatro dias Durga Puja e a deusa Lakshmi, com o Festival de Luzes Diwalli. Até hoje, lanternas e lamparinas são acesas por toda a parte e as famílias se reúnem em honra aos pais. Todos resolvem seus conflitos, invocando as bençãos das deusas, com cânticos e orações.
No último dia do mês (31 de outubro), os celtas celebravam o Sabbat Samhain, o terceiro e último Festival da Colheita, reverenciando a Deusa em sua face escura, os ancestrais, e comemorando o início do inverno e do ano novo. Considerado um festival dos mortos, precursor das atuais homenagens prestadas a eles, Samhain era celebrado com fogueiras, oferendas às divindades e aos ancestrais, além de práticas oraculares.



Novembro
Apesar de ser o décimo mês do atual calendário, Novembro ainda guarda seu antigo nome – Novem, significando nove – em referência à sua posição no calendário romano original.
Na tradição celta, o Sabbat Samhain, no primeiro dia deste mês, marcava o início de um novo ano, cujo nome celta era La Shamhna. O nome anglo-saxão era Blotmonath e o nórdico, Herbistmonath e Fogmoon. Os povos antigos chamavam também o mês de Lua Escura, Lua da Névoa, Lua da Neve, Lua do Castor, Lua das Tempestades, Lua quando os Alces trocam os Chifres, Lua do Velório e Mês do Sacrifício.
No calendário druidico, Beth é a letra Ogham e o álamo a árvore sagrada.
Independente do nome, este mês representava uma transição ente o velho e o novo, o tempo de términos e novos começos. A escuridão aumenta, a vida está em declínio e os véus entre os mundos se tornam mais tênues, permitindo a passagem e as comunicações “do além”. Inúmeras culturas antigas reverenciavam os espíritos dos ancestrais e as almas durante este mês. As celebrações celtas de Samhain proporcionavam o contato com os espíritos dos falecidos e eram dedicados a Cailleach, a anciã Senhora da Morte.
No Egito, as celebrações de Isia lembravam a ressurreição do deus Osíris com encenações ritualísticas do combate entre as forças do bem e do mal e cerimônias de plantio após o recuo o Rio Nilo.
Ao contrário da atmosfera de tristeza e luto das comemorações cristãs dos mortos, até hoje no México, o “Dia de Las Muertes” é comemorado de forma alegre e divertida. Os túmulos são enfeitados com flores coloridas de papel, as famílias se reúnem para piqueniques no cemitério e comemoram com as comidas e bebidas preferidas dos mortos. As crianças se divertem com doces e brinquedos em forma de esqueletos e caveiras.
Na Grécia, no dia dezesseis, havia uma celebração muito importante para Hécate, a deusa da lua minguante, da noite, das encruzilhadas e do mundo dos mortos. Para reverenciar a deusa e pedir sua proteção, eram deixadas nas encruzilhadas as “Ceias de Hécate”.
Nos países nórdicos, a deusa Hel, Holda ou Bertha era comemorada como a condutora das almas durante “A Caça Selvagem”. Na Escócia, acreditava-se que a deusa Nicnevin também “cavalgava” durante a festa de Samhain, junto com seus adeptos, atravessando o céu noturno.
Os Incas também tinham seu festival dos mortos, que era chamado de Ayamarca.



Dezembro
Decem era o décimo mês do antigo calendário romano. Seu nome também surgiu como uma homenagem à deusa Décima, uma das Parcas – as Senhoras do Destino -, a regente do presente e tecelã do fio da vida, equivalente à deusa grega Clotho.
O nome anglo-saxão do mês era Aerra Geola, o irlandês, Mi Na Nollag e o nórdico, Wintermonath ou Heilagmonath. No calendário druidico, a letra Ogham é Luís e a árvore a sorveira. Os povos nativos norte-americanos denominaram este mês de Lua Fria, Lua do Logo, Lua das Longas Noites, Lua do Uivo dos Lobos, Lua do Carvalho, Lua do Inverno, Lua das Árvores que Estalam e Mês Sagrado.
A mais importante celebração deste mês é o solstício de inverno no hemisfério norte, festejado pelos povos europeus como o Sabbat Yule ou Alban Arthuan. Em várias tradições e lugares no mundo antigo, o solstício era lembrado juntamente com os mitos das deusas virgens dando à luz aos seus divinos filhos solares, como Osíris, Boal, Attis, Adonis, Hélio, Apolo, Dionisio, Mithras, Baldur, Frey e Jesus. Na tradição romana, este data chamava-se Dies Natalies Soles Invictus ou o Dia do Nascimento do Sol Invicto e todos os deuses solares receberam títulos semelhantes, como a Luz do Mundo, o Sol da Justiça, O Salvador. As celebrações atuais do Natal são uma amálgama de várias tradições religiosas, antigas e moderna, pagãs, judaicas, zoroastrianas, mitraicas e cristãs.
Na antiga Babilônia, existiam doze dias entre os solstício e o Ano Novo. Era um tempo de dualidades, oscilando entre o caos e a ordem. Os romanos concretizavam essa ambigüidade no famoso festival Saturnália, as festas dedicadas aos deus do tempo Saturno e à sua consorte, a deusa da fertilidade Ops. Durante oito dias, as regras sociais eram revertidas, patrões e escravos trocavam de funções e roupagens, ninguém trabalhava, todos festejavam. O último dia do festival, chama-se Juvenália, dedicado ás crianças, que recebiam agrados, presentes e talismãs de boa sorte.
Nos países do Oriente Médio, a Deusa- Mãe, Senhora do Céu e das Estrelas – conhecida como Astarte, Athar, Attar Samayin ou Ashtoreth -, era celebrada, desde os tempos neolíticos nesta época do ano.
Nos países anglo-saxões, essas celebrações permaneceram, como o Modresnacht, “A Noite da Mãe”, cujos costumes ainda sobrevivem nos festejos natalinos atuais em simbolismos como a Árvore de Natal, decorada como a Árvore do Mundo, a estrela em seu topo, representando a Deusa Estelar, a ceia farta e os presentes sob a árvore lembrando as oferendas e os agradecimentos dos homens à Grande Mãe.
Na Escócia, a véspera do Ano Novo é chamada Hogmanay, sendo celebrada com comidas típicas e procissões de homens vestindo peles e chifres de animais, reminiscências das antigas tradições xamânicas, assim como as renas, o duende e o próprio xamã metamorfoseado em Papai Noel.
Nos países eslavos, o Festival Koleda ou Kutuja, começava no solstício e durava dez dias, celebrando o renascimento da Lada, a deusa do amor, da fertilidade e da juventude.
Na Europa, a deusa solar Lucina era comemorada com procissões de moças vestidas de branco e coroadas com velas acesas. A antiga deusa maia Ix Chel era homenageada no México, com procissões e rituais para abençoar os campos e embarcações.
Os incas celebravam Capac Raymi, o festival magnífico e Huara Chico, os ritos de iniciação dos meninos. Na Polinésia, no solstício de verão, celebrava-se Parara’a Matahiti, o Festival das Primeiras Frutas.
Neste mês, os judeus celebram, até hoje, o Festival das Luzes, chamado Hannukah, no qual se acende diariamente uma nova vela branca em um castiçal de nove braços. Comemora-se o antigo milagre da reconquista do Templo de Jerusalém, há dois mil anos.
Dezembro representa o fechamento de um ciclo, um período para refletir sobre o ano que passou. Na avaliação daquilo que passou e na expectativa de um novo ano, repete-se o momento mítico da passagem do caos para a ordem. A Roda do Ano pára, entra-se em um novo limiar, no limite entre os tempos e os mundos, quando torna-se possível refazer o mundo.
Fonte:http://evolucaoespiritual1.blogspot.com/2009/09/as-origens-pagas-de-nosso-atual.html


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Calendario Politeista

CALENDÁRIO POLITEISTA
ANO 2001
As histórias da cultura pagã dos velhos tempos e as suas Celebrações permanecem vivas até aos dias presentes…
Indico os dias de maior importância nas várias Tradições Pagãs. Os meses Druídicos, os Sabbats e outros Festivais, não tem equivalência ao Calendário gregoriano por isso as Festividades movem-se anualmente, consoante as fases da Lua.
Feliz Ano para Todos.
Lilith
A recolha, baseada numa ampla bibliografia é da responsabilidade de Lilith, conhecida Sacerdotisa Wiccan e seguidora da Antiga Religião Politeísta, desde muito jovem.




CALENDÁRIO


JANEIRO

1 – Deusa Tripla – Europa, Wicca; Deus Janus – Roma.
2 – Deusa Inana, do Céu e da Terra – Pérsia.
8- Deusa Freya, do Amor e da Fertilidade – Asatru, Escandinávia.
11- Carmentalia, Deusa Carmenta preside Nascimentos – Roma.
12- Makara-Sankranti, festival do Sol – Índia.
17- Honra das Macieiras – Celtas.
19- Festival de Thorrablottar, a Deus Thor – Islândia.
21 – Inicio do mês de Luiz – Druidismo.
22- Festival das Musas – Europa.
23 – Festival a Hathor, Deusa da Fertilidade e Harmonia – Egipto.
24- Deusa Isthar, do Amor, Fertilidade e Batalhas – Babilónia.
28- Final da época de Yule; Festival de Up-Helly-Aa – Viking.
30- Feriae Sementiva, festival Deusa Ceres – Roma.
31- Candlemas – Wicca; Festejos de Atégina – Ibéria. 

FEVEREIRO
1 – Lady Day, Deusa Tripla – Paganismo; Candlemas – Wicca.
2 – Oimelc – Celta irlandês; Imbolc.
6- Honras a Afrodite, Deusa do Amor – Grécia.
9 –Festival a Narvik Sun Pageant – Noruega.
10- Dia de Anaítis, Deusa da Lua e do Mar – Pérsia; Deusa Aetágina, Mãe e Agrícola – Ibéria.
13 – Parentalia (de 13 a 31) – Roma; Festa das Luzes – Ibéria.
15 – Lupercalia dedicada ao Deus Lupercus – Roma.
16 – Dia de Faunos, Honras a Pãn – Roma.
17 – Dia de Kali – Índia.
18 – Spenta Armaiti, Honras a Spandarmat – Pérsia; Inicio do mês de Nion – Druidismo.
19 – Dia de Nammu – Paganismo.
20 – Dia de Minerva – Roma.
21 – Final da Parentalia, dia dos Lares – Roma.
23 – Terminalia, Deus das Fronteiras – Roma.
24 – Shivaratri, Vigília ao Deus Shiva – Índia.
25 – Carnaval – Ibéria.
28- Sabbatu, Deusas Ceres, Deméter e Gaia – Wicca e Neo-Paganismo.
29- Dia aziago – Wicca Tradicionalista.


MARÇO
1 – Granny Day- Bulgária; Dia das Vestais e honras a Vesta – Roma.
2 – Dia das Deusas Mães – Neo-Paganismo.
3 – Deusa Tripla – Wicca.
4 – Festival de Rhiannon- Celtas Bretães; Festival a Epona – Ibéria e Gália.
5- Navigum Isidis – Roma; Festas de Ísis- Egipto.
8- Dia da Mãe Terra – China.
13- Dia de sorte – Wicca; Burgsonndeg, festival pagão ao fogo – Europa.
14- Dia de Ua Zit, Deusa serpente – Egipto.
15- Festival de Attis e Cibele – Roma.
16 – Holi, festival Hindu da Primavera – Índia
18- Dia de Sheela-na-gig – Irlanda; Inicio do mês de Fearn – Druidismo.
19- Lesser Panathenaea, Dia de Deusa Atenas- Europa; Akitu, Festival do Ano Novo – Babilónia.
20- EQUINÓCIO DA PRIMAVERA às 13.32; Mabon – Paganismo.
21- Festival da Primavera – Wicca. Alban Eiulir – Druidismo.
22 – Ostara – Festas de Equinócio – Wicca e Paganismo.
23- Marzenna Festival da Primavera – Polónia.
24- Dia de Cibele – Roma.
25- Hilária, festival da Alegria e Primavera – Roma.
26- Dia das Nornes- Escandinávia.
27- Liber Pater- Dia dos Homens- Roma.
29- Festival Anual Deusa Isthar- Wicca
30- Festejos a Luna – Roma.


ABRIL
1 – Dia de Arianrod – Celtas;
Festa das Cerejeiras – Ibéria.
3-Festejos a Perséfone – Roma.
4- Megalesia, Festejos a Cibele – Roma.
5- Festival a Kuan Yin, Deusa da Cura – China.
7- Blajini – Roménia.
9- Festival a de A-Ma, Deusa dos Mares – Macau.
10- Dança do Sol – Druidismo.
11- Festival a Anahit, Deusa Lunar – Arménia.
12- Cerealia, (12 a 18) Festejos Deusa Ceres – Roma.
13- Dia de Deusa Diana – Stregaria, Wicca.
14- Festival Deusa Maryamma – Índia.
15- Dia da Terra – Paganismo Internacional; Inicio do mês de Saille – Druidismo.
16- Hiketeria, Festival anual Deus Apolo – Grécia.
17- Festival a Machendrana, Deus das Chuvas – Nepal.
21- Festa Deusa agrária Palas – Roma.
22- Dia da Terra, Gaia. Paganismo Internacional.
23- Vinalia, Festejos a Júpiter – Roma.
28- Festejos Deusa Flora – Roma.
29- Dia da Árvore, plantio a Divindade – Paganismo.
30- Walpurgisnacht, a noite das Bruxas – Alemanha; Beltaine – Paganismo; Rudemas – Wicca.


MAIO

1 – Sabbat de Beltaine – Druidismo, Wicca, Paganismo.
Festejos Deusa Maia, daí deriva o nome deste mês – Roma.
  • Festival Donzelas – Ibéria.
  • Dia de Bona Dea – Roma, Ibéria.
  • Dia das Fadas – Irlanda.

7 – Thargelia, Festejos em honra de Apolo e Artemis – Grécia.
8 – Festival Robin Hood – Inglaterra.
9 – Dia da Europa; Festejos Deusa Europa – Creta – Politeísmo.
10 – Florálias – Ibéria.
12 – Festival anual a Aranya Sashti, Deus das Florestas – Índia.
13 – Festejos Sol da Noite – Noruega; Inicio do mês de Uath – Druidismo.
20- Plynteria, Dia de Atenas – Grécia.
23- Rosalia, Celebrações Deusas Flora e Vénus – Roma; Florálias– Ibéria.
24- Festival Deusa Astarte – Politeísmo; Festival Deusas Diana e Selena – Stregaria, Wicca.
25- Dia de Apolo, Festas masculinas em honra do Deus – Grécia.
26- Dia das Nascentes Sagradas – Celtas .
27 e 28- Festejos a Píton – Delphos – Grécia.
29- Festival ao Deus Marte – Roma.
31- Noite das Promessas– Ibéria.


JUNHO

1 – Dia das Ninfas dos Bosques, festas Crianças, Deusa Nabica – Ibéria; Festival da Ninfa do Carvalho – Paganismo.

2 – Shapatu da Deusa Isthar – Assíria.
3 – Festival dos Cataclismos – Ilha de Chipre.
7- Vestalia – Roma.
10 – Inicio do mês de Duir – Druidismo.
12 – Dia de Zeus – Grécia. Politeismo.
13 – Homenagem a Gerald Gardner – Wicca Gardneriana.

14 – Quinquatrus Menor, Festival Deusa Minerva – Roma.
16 – Honras a Eurydice – Grécia.
17 – Festival do Dragão dos Barcos, solar – China.
18 – Dia de Hera, dia das Mulheres – Roma.
19 – Dia de Cerridween – Paganismo.
20 – Sabbat Solstício Verão – Wicca, Paganismo
21 – Solstício às 7.39; Litha, Festejos de Verão – Paganismo.
22 – Dia de Cu Chulainn – Druidismo.
23 – Noite das Feiticeiras – Ibéria; Fors Fortuna, festejos a Deusa Fortuna – Roma.

26 – Salavi – Xamanismo; Juninas – Ibéria.
27 – Dança do Sol – Xamanismo Norte-americano.
28 – Dia Deusa Hemera – Grécia.
29 – Papa Legba – Voodu.
30 – Dia de Aestas, Deusa do Grão – Roma, Europa.


JULHO
1 – Dia das Mães – Roma.
2 – Dia Deusa Lucina, Dea Carmenta – Roma, Europa.

3 – Dia Deusa Atenas – Grécia
4 – Dia da Pax – Roma; Dia Deusa Concordia – Grécia.
5 – Festejos Deusa Maat – Egipto.
6- Dia do Touro – Ibéria

8 – Nonae Caprotinae Festa dos figos – Deusa Juno – Roma ; Festas do pão (reminiscências nas F. Tabuleiros Tomar) – Ibéria; Inicio do mês de Tinne – Druidas.
9- Panathenaea – Deusa Atena – Grécia; Festejos a Dionisius e Rhea – Grécia; Kronia – Dia de Cronos e Rhea – Grécia, Wicca.
10 – Dia de Holda – Tradição do Norte. Asatru; Dia de Osiris – Egipto, Wicca.
11 – Dia de Hórus – Egipto, Wicca.
12 – Dia de Seth – Egipto, Wicca.
13 – Dia de Erzulie Freda, Deusa Amor e beleza – Haiti, Voodoo.
14 – Amaterasu, Deus Solar – China.
15 – Dia de Nephtys – Egipto; Dia de Lu Pan – China; Dia de Astarte – Cartago, Ibéria.
16 – Celebração nascimento de Ísis – Egipto, Wicca.
23- Neptunalia, Celebrações a Deus Neptuno- Roma, Wicca.

26 – Kachina, dia dos antepassados – Xamanismo.
27- Dia da rainha Hatshepsut – Egipto, Wicca; Procissão das Bruxas – Bélgica.
31 – Honras a Deus Thor- Tradição do Norte, Neo-Paganismo; Oidhche Lugnasa – Celtas; Sabbat Lammas- Wicca


AGOSTO
1 – Festival das Boneiras – Ibéria; Festival Colheitas, Lammas – Wicca, Neo-Paganismo; Lughnasadh – Druidismo.
2 – Festas Deusa Anahit – Pérsia; Dia de Lady Godiva – Neo-Paganismo.

3 – Aomori Nebuta Festival das colheitas – Japão.
4 – Boneiras, Ibéria.
5 – Inicio do mês Coll – Druidas.

6 – Dia Deusa-Terra, Elihino e Igaehindvo- tribo Cherokee, Xamanismo.
7- Adonia – Grécia; Festival Deusa Hathor – Egipto.
8 – Festivais Deusa Vénus – Roma.
9 – Festival espíritos do Fogo – Neo-Paganismo.
12– Lychnapsia, Festival das Luzes a Ísis – Egipto.
13 – Festival Hecate – Neo-Paganismo.
15- Festas Deusa Vesta – Roma, Wicca.
17- Festival Deusa Diana – Trad. feminina na Wicca.
19- Vinalia rustica, festas a Dyonisius e a Minerva – Roma
21 – Consualia, Festejos das Espigas – Roma; Heraclia, Festejos ao herói Hércules – Pompeia.

23 – Volcanalia , festival Deus Vulcano – Roma; Festival Deusa Nemesis – Grécia.
25 – Opiconsiva, Festival colheitas deusa Rhea – Roma.
26 – Dia Deusa Luonnotar – Finlândia.
28 – Celebração das Colheitas –Noruega.
29 – Inicio Ano no Antigo Egipto.
31 – Purificação dos Lares – Ibéria.

SETEMBRO
2- Festejos a Ariadne e Dionisius – Grécia; Inicio do mês de Muin – Druidas.
4- Rito iniciação feminina (4 dias) – tribo Apache, Xamanismo.
5- Festival Deus Ganesh – Índia.
6- Situa, Festival de Oferendas – Incas.
11- Dia das Rainhas – celebrações a Hatshepsut, Nofretari, Nefertiti, Cleopatra – Egipto, Neo-Paganismo.
13- Dia das Almas. Cerimónia do fogo sagrado, honras a Nephtys- Egipto.
15- Harvest Moon- Druidismo.
17- Honras a Deméter – Grécia; Inicio festejos Equinócio (até 4 dias) – Wicca.
19- Festival anual Deusa Gulla, nascimentos – Babilónia.
21- Festival Deusa Atena- Grécia; Harvest Festival – Neo-Paganismo.
22- Equinócio às 23.06h; Alban Elfed- Druidismo; Festejos a Perséfone e Hecatea- Ibéria; Sabbat Equinócio Outonal – Wicca.
24 – Festas Obatala – África Ocidental; Festas de Osiris – Egipto
25 – Pyanopsia Festas Apolo – Grécia; Festival de Sedna, Deusa dos mares – tribos Esquimós, Sibéria, Ártico.
26 – Theseia (4 dias) celebrações a Teseu, herói – Grécia, Creta; Rito de Azazel – Wicca Gardneriana.
27 – Festival da Lua – China.
28 – Thesmophoria, Festival a Deméter – Grécia.
30 – Medritrinalia, Meditrina, Deusa da Medicina e artes curativas – Roma; Epitaphia, Honras aos soldados mortos em batalha – Grécia; Inicio do mês de Gort – Druidas.

OUTUBRO
2 – Dia dos Espíritos guias – Wicca.
4 – Jejunium Cereris, Cerimónia a Ceres, protectora agricultura – Roma.
5 – Nubaigai, festejos pagani das trabalhadoras rurais – Lituânia; Dyonysiad, festival do vinho em honra de Dyonisius e Ariadne – Roménia.

6 – Festejos a Vishnu, duram 9 dias – Nepal.
7 – Festival dos Pagani (camponeses) séc. XV – Alemanha.
8 – Chung Yeung, festival das Sortes – China.
9– Dia de Felicitas – Itália, Ibéria, Wicca.
10- Antigo festival das Luzes – Brasil.
11 – Dia da Anciã das Árvores – Wicca.
12- Celebração nascimento de Aleister Crowley – Thelemitas.
14 – Durga Puja, Comemorações Deusa-Mãe – Bangladesh; Dia Confederação Interplanetária – USA.
15 – Festival a Deus Marte – Roma, Ibéria.
16 – Lakshmi Puji, Festival Deusa da Fortuna – Nepal.
17 – Kanname-sai, Cerimónias Deusa Solar e dos Ancestrais – Japão.
18- Chamada do Sol, dia do Astado – Wicca Gardneriana.
19 – Bettara-Ichi, festejos ao Deus Ebisu – Japão.
21 – Festival a Deusa Ursala – Checoslováquia.
22 – Hi Matsuri, Festival do Fogo e da Purificação – Japão.
24 – Festival dos Espíritos dos Ares – Wicca, Neo-Paganismo; Cultos aos Antepassados – Ibéria.
27 – “Allan Apple Day” – Cornualha.
28- Festival Outuno honras a Isis (6 dias ) – Egipto; Grandes festejos de Baal – Pérsia, Síria, Ibéria; Inicio do mês de Ngetal – Druidas.
29 – Festa dos Mortos, tribo Iroquee – Canada.
30 – Angelitos, cerimónias às almas de crianças mortas, Honra a Deusa Xipe Totec e Tonantzin – México; Dia dos Idos – Ibéria.
31 – Halloween – Wicca e todas as tradições Pagãs; “Witches International Craft Associates” – Festival aberto nos USA.

NOVEMBRO

1 – Samhain – Wicca e Druidismo; Dia dos Espíritos – Voodu; Pomonia, Festas a Pomona Deusa das árvores – Roma; Cailleach´s Reign – Celtas Anglo Saxões.
2 – Dia das Feiticeiras – Ibéria.
4 – Eve of Guy Fawkes Day, Festival pagão muito antigo – Inglaterra.
5 – Devil´s Boulder – Inglaterra.
6- Festividades a Deusa Tiamat – Babilónia.
7- Noite de Hecate – Wicca Gardneriana; Makahiki, Hawai.
8 – Fuijo Matsuri – Japão.
10 – Festividades a Deusa Nicnevin – Paganismo Escocês.
11-Lunantshees, festividades a Faerie Sidhe – Paganismo Irlandês; Dia dos Heróis – Wicca, Paganismo Escandinavo; Vinalia, Honras ao Deus Baco – Grécia.
12 – Epulum Jovis in Capitolia, grandes festividades aos principais Deuses do Olimpo – Roma.
13 – Dia do Infortúnio – Ibéria.
14 – Festividades dos Bardos, músicos – Druidismo.
15 – Feronia, festival pagão do Fogo – Roma, Wicca, Neo-Paganismo.
16 – Festival das Luzes, honras Deusa Lakshmi – India.
18– Ardvi Sura Festival Deusa Ardvi, Mãe das estrelas – Pérsia.
19 – “Warlock Day” – dia do mau olhado – Inglaterra.
21 – Festividades ao Deus Kukulcan (7dias) – Maias.
24- Tori-No-Ichi, Festival da Boa-fortuna – Japão; Honras a Deusas da Maternidade – Egipto.
25 – Inicio do mês de Ruis – Druidas.
26 – Antigo festival às Deusas do Fogo – Tibete.
27 – Parvati-Devi, Festas em Honra da Deusa-Tripla – Índia.
28 – Festival Deusa Sophia, Senhora do Conhecimento – Grécia.
29 – Noite dos Vampiros – Roménia; Festejos Deusa Sehkmet – Egipto.
30 – Noite dos Feitiços – Wicca, Alemanha.


DEZEMBRO
1 – Noite da Adivinhação – Wicca.
2 – Hari Kugo, Dia das feiticeiras – Japão.
3 – Dia de Bona Dea – Roma, Ibéria.
4 – Festival Deusa Minerva – Roma; Festival Deusa Atena e sua cidade – Grécia.

5 – Poseida, festejos Deusas dos Mares – Grécia; Festejos Deusa Lucina, Senhora da Luz e dos Infantes – Ibéria, Itália.
7 – Cerimónia de Despedida a Deusa Perséfone – Grécia.
8 – Dia Deusa Amaterasu – Japão; Festival Deusa Neith – Egipto.
9 – Festa Deusa Tonantzin – México.
10 – Cerimónia da Lua – Esquimós, Árctico.
11 – Dia Deusa Inverno, Bruma- Roma, Itália; Dia de Arianrhod – Paganismo.
13 – Dia das Crianças, Festival das Luzes, Inicio de Yuletide – Wicca.
14 – No ano de 1503 nasceu Nostradamus.

15 – Navidades, – Porto Rico; Yulechild – Ibéria, Wicca, Paganismo.
16 – Posadas, festividades das crianças – México.
17 – Saturnalia, (9 dias) festividades de Saturno – Roma, Ibéria.
18 – Alban Arthan – Druidismo;
19 – Eponalia, dia dedicado Deusa Epona – Roma, Ibéria, Gália; Renascimento do Deus Diev, festival de 4 dias – Wicca escandinava.
19 – Opalia, dia dedicado Deusa Sabina – Roma; Laurentina, Deusa Lara, lares e Penates – Roma; Nameless Day - Druidismo; Inicio mês de Beth – Druidas.
21 – Solstício às 19.23h; Celebrações Solstício Inverno (3dias) – Ibéria, Wicca; Sabbat Yule – Wicca.
22- Midwinter – Neo-Paganismo.
28 – Celebrações Deusa Freya – Wicca, Tradição Norte.
31 – Festejos mundiais Passagem do Tempo – Paganismo.

Fonte:http://www.pt.paganfederation.org/calendario.htm


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Hidromel – Mead – Bebida dos Deuses.

Hidromel  ou Mead é uma bebida alcoólica fermentada à base de mel e água, a proporção da produção é geralmente de uma parte de mel e duas de água a variação dessa proporção junamente com outros fatores é o que destingue uma safra de outra ou um pordutor de outro. Consumida desde a antiguidade, sua fabricação é anterior à do vinho e seguramente à da cerveja.
O mead é obtido pela transformação dos açúcares do mel em álcool, assim, é indevidamente chamado de vinho de mel, pois “vinho” é um termo destinado ao produto da fermentação da uva.
O mel quando colhido “maduro”, ou seja, quando extraído de favos que foram completamente operculados, pelas abelhas, tem um teor de umidade por volta de 20%. Sob esta proporção de água dificilmente é fermentado. Se o teor de umidade aumentar em 2%, pode iniciar uma fermentação. Os fermentos que estão presentes no ar no pólen e no próprio mel, podem começar a se multiplicar e transformarem os açúcares do mel em álcool.
Algumas  culturas antigas consumidoras desta bebida foram os celtas, os saxões e os vikings. Também era conhecido o consumo de uma bebida similar pelos maias.
Existia a tradição de que os casais recém casados deveriam consumir esta bebida durante o primeiro ciclo lunar após as bodas para nascer um filho varão. Daí surgiu a tradição atual da lua de mel.
Na Mitologia Nórdica, o hidromel aparecia como a bebida favorita dos deuses.
Nas proximas postagens eu irei divulgar aqui algumas receitas e dicas para a fabricação de Hidromel, estou começando a  minha safra aqui em casa e daqui a uns meses já estára no ponto… Porem vou passar as dicas para todos vocês para que possam apreciar dessa bebida deliciosa que é o hidromel.
Fonte: wikipedia, Associação Intenacional de Fabricantes de Hidromel
Recomendo a Leitura.
Fonte: http://celtastoday.blogspot.com/2009/10/hidromel-mead-bebida-dos-deuses.html


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Divindades

Ao contrário da maioria das religiões atuais, a Wicca é uma religião politeísta, ou seja, que adora vários deuses. Na verdade, é apenas uma divindade com várias faces: Deus ou Deusa do amor, da prosperidade, da saúde etc. Na Tradição Lua Secreta, veneramos apenas as polaridades do Ser Supremo: feminino e masculino. Assim como tudo no Universo. Uma moeda com seus dois lados.
Algo importante a dizer sobre as divindades, é que não as tememos por serem Supremas. Os Deuses são como nós, vivendo e interagindo com nossas vidas o tempo todo. A única diferença é que eles vêem o que não vemos, o que está se manifestando em outro plano antes que se manifeste aqui. Nem sempre eles são bons e que isso fique bem claro para os desavisados. Não invoque nenhum Deus ou Deusa sem conhecimento do que está fazendo e lembre-se que tudo o que você pedir irá acontecer. Então, tenha certeza do que quer antes de fazer qualquer trabalho mágico.
As divindades podem variar de acordo com o panteão, Tradição e lugares nos quais são cultuadas. Na Tradição Lua Secreta, cultuamos as divindades sem nomes, sem especificar panteões; são apenas Deus e Deusa.
O Deus
O Deus Cornífero é o Deus fálico da fertilidade e geralmente é representado como um homem de barba com casco e chifres de bode. É o Deus pagão dos bosques, o rei do carvalho e senhor das matas e que morre e sempre renasce. Seus ciclos de morte e vida representam nossa própria existência.
Ele nasce da Deusa, como seu complemento e carrega os atributos da fertilidade, alegria, coragem e otimismo. Ele é a força do Sol e da mesma forma, nasce e morre todos os dias, ensinando aos homens os segredos da morte e da renascimento.
Segundo os Mitos pagãos o Deus nasceu da Deusa, cresceu e se apaixonou por Ela. Ao fazerem amor a Deusa engravida e quando chega o inverno o Deus Cornífero morre e renasce quando a Deusa dá a luz. Este Mito contém em si os próprios ciclos da natureza onde no Verão o Deus é tido como forte e vigoroso, no outono ele envelhece, morre no inverno e renasce novamente na primavera.
Para a maioria pode aparentar meio incestuoso, quando se afirma que o Deus seja filho e consorte da Deusa, mas isto era extremamente comum aos povos primitivos onde os indivíduos se casavam entre os próprios familiares para conservar a pureza da raça. Além disso, o simbolismo do Mito deve ser observado, pois todas as coisas vieram do ventre da Grande Mãe inclusive o próprio Deus e por isso para Ela Ele deve voltar.
O culto aos Deus Cornífero surgiu entre os povos que dependiam da caça, por isso Ele sempre foi considerado o Deus dos animais e da fertilidade, e ornado com chifres, pois os chifres sempre representaram a fertilidade, vitalidade e a ligação com as energias do Cosmos. Além disso, a Bruxaria surgiu entre os povos da Europa, onde os cervos se procriam com extremada abundância, por isso eram freqüentemente caçados, pois eram uma das principais fontes de alimentação.
Com o crescimento do Cristianismo e com a intenção do Clero em derrubar Bruxaria, a figura atribuída ao Deus Cornífero acabou por personificar o Diabo e na atualidade resgatar o status deste importante Deus torna-se bastante difícil.
O Deus representa a luz e a escuridão, a imortalidade e a morte, a interrupção a continuidade. Cernunos, como também é chamado, simboliza a força da vida e da morte.
É o amante e filho da Deusa, o senhor dos cães selvagens e dos animais. É ele que desperta-nos para a vida depois da morte. Representa o Sol, eternamente em busca da Lua. Seus chifres na realidade representam as meias-luas, a honraria e a vitalidade e não uma ligação com o Diabo.
Ainda hoje existe muito confusão a cerca da Bruxaria e isto se deve a Igreja Medieval que transformou os Bruxos antigos em Feiticeiros do Demônio, por conveniência.
O culto à Deusa Mãe e aos Deus Cornífero é pré-cristão, surgiu milênios antes do catolicismo e do conceito de Demônio, o qual jamais foi adorado, invocado, cultuado e reverenciado nas práticas pagãs ou como deidade da Bruxaria.
Os chifres sempre foram tidos como símbolo de honra e respeito entre os povos do neolítico. Os chifres exprimem a força e a agressividade do touro, do cervo, do búfalo e de todos animais portadores dos mesmos. Entre os povos do período glacial uma divindade era representada com chifres para demonstrar claramente o poder da divindade que o possuía.
Quando o homem saia em busca de caça, ao retornar à sua tribo colocava os chifres do animal capturado sobre a sua cabeça, com a finalidade de demonstrar a todos da comunidade que ele vencera os obstáculos. Graças a ele todo clã seria nutrido, ele era o “Rei”. O capacete com chifres acabou por se tornar em uma coroa real estilizada.
Os chifres sempre foram representações da luz, sabedoria e conhecimento entre os povos antigos. Portanto como podemos perceber, os chifres desde tempos imemoráveis foram considerados símbolos de realeza, divindade, fartura e não símbolo do mal como muitos associaram e ainda associam-nos.
A Grande Mãe e o Deus Cornífero representam juntos as forças vitais do Universo. O Deus é então o mais alto símbolo de realeza, prosperidade, divindade, luz sabedoria e fartura. É o poder que fertiliza todas as coisas existentes na terra.
A Deusa
A Deusa é a Criadora de todas as coisas e, ao mesmo tempo, a Destruidora. Tudo vem Dela e tudo retornará a Ela. Ela é a Virgem, a Mãe e a Anciã. A Deusa é tudo e todos!
No paganismo, a Deusa se apresenta em três aspectos: a Virgem, a Mãe e a Anciã. A Virgem representa os impulsos, o começo, e está relacionada à Lua Crescente. A Mãe é a Doadora da Vida, a Grande Nutridora, e está associada à Lua Cheia. A Anciã é a detentora da sabedoria, a Grande Conhecedora e Transformadora, e está associada à Lua Minguante. Esses aspectos representam também a juventude, a maturidade e a velhice respectivamente.
- A Donzela-
Dentre as três faces da Deusa, a Virgem é a mais jovem, relacionada com os descobrimentos e aspectos mais criativos de nossa personalidade. Ela é a inocência e despreocupação, a alegria de viver.
- A Mãe -
A face Mãe da Deusa é tida como a da eterna doadora da vida. A Mãe é aquela que se volta para a nutrição, a preocupação e a fertilidade; é uma mulher no início da vida e no cume do seu poder. Ela protege e assegura a justiça. Na idade humana, seria uma mulher por volta dos trinta anos.
- A Anciã -
A Deusa Anciã é o aspecto menos compreendido e o mais temido, já que nos leva inevitavelmente a refletir sobre a morte.
A Anciã é regente do Submundo, visto antigamente como um lugar de descanso das almas entre as reencarnações. Obviamente todos nascemos e morremos, e a função da Deusa Anciã é nos acompanhar durante a última etapa de nossa vida, preparando-se para o Outro Mundo.


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Quatro Coisas Fundamentais na Bruxaria

Responsabilidade
Muito se fala em Karma. Mas pouco se fala de como evitá-lo. A melhor forma é sendo responsável com suas atitudes! Não procure a Bruxaria apenas por querer algo que para você é muito importante no momento ou porque parece algo impossível de ser alcançado. Se você procura algo maior, é pelo fato de que você também tem interesse de ser alguém maior e ter algo que o faça sentir preenchido de alguma forma. Então, inevitavelmente, procuramos a religião.
Isso não é nenhum problema quando realmente vivemos nossa conexão com o espiritual, mas pode ser deveras perigoso quando se age por impulso ou como se a Arte fosse apenas um pronto-socorro para as desilusões e desafetos humanos!
Não é errado fazer magia para si, mas é errado fazer magia para passar por cima dos outros. Não é errado fazer magia para atrair um amor, mas é errado utilizá-la para escravizar pensamentos e tirar o livre-arbítrio de qualquer um que seja. No final, o mais prejudicado será você e apesar de não haverem regras na bruxaria, duas coisas se tornam implacáveis: a lei do Tríplice Retorno (ou a Lei de Três) e nunca fazer algo que prejudique a si e aos outros.
Estudo
Sem estudo contínuo você nunca será um bruxo! Você terá que se esforçar muito. Você deve ler, ir a encontros de bruxos na sua cidade, fazer anotações e questionar muito! Questione a tudo e a todos e não acredite em tudo apenas por que está escrito ou porque vendeu mais de um milhão de cópias. Só após muito estudo que suas próprias verdades e experiências se apresentarão para você. Portanto, dedique-se e saiba que não será do dia para a noite as mudanças vão acontecer.
Silêncio
Na maioria das Tradições e livros aconselham para mantermos silêncio de nosso Ofício. O interessante, na verdade, é que se mantenha oculto apenas de quem não está na mesma sintonia que nós. Existem pessoas mal-intencionadas em todos os lugares, assim como também existem aquelas que vão dar uma boa palavra e boas energias para aquilo que desejamos se concretizar. Na dúvida, é sempre bom evitarmos sair por aí falando coisas do tipo: “Hoje eu fiz um ritual para celebrar a Lua Cheia e fiz um encantamento de fortuna!” ou sair com uma camiseta estampada escrito: “Eu sou bruxo!”. Sabemos que existem leis que protegem a liberdade de culto, mas as más intenções não vão dircernir isso.
Respeito
Não é porque você tem um conhecimento que muitos não têm que você vai sair se achando a pessoa mais poderosa do mundo e humilhar a todas. Todos temos um caminho a seguir isso deve ser respeitado, pois cada um deve viver da maneira que pensa que deve e temos que ter consciência de que cada um terá sua experiência e suas escolhas no momento certo. Não precisamos subjugar ninguém nem tentar convertê-las forçar para que elas acreditem no que consideramos mais correto e coerente. Elas ouvirão o chamado.


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O Coven

O Coven
“O Coven é formado por 13 pessoas, cada uma representando um mês do ano, pois, nas Sociedades Matrifocais, o ano segue o Calendário Lunar de 13 meses de 28 dias, mais um dia, no total 365 dias”.
Muitos se perguntam se é melhor ser uma Bruxa Solitária ou fazer parte de um Coven. Isso depende do temperamento de cada um. As duas coisas têm suas vantagens e problemas. Trabalhando sozinho, você tem liberdade e autonomia, sem depender da opinião do grupo. Por outro lado, dentro de um Coven, você pode encontrar amizades e pessoas com quem dividir suas idéias e dificuldades, pessoas mais experientes para lhe ensinar e muita alegria nos rituais. Cabe a você determinar sua forma de trabalho, pois a energia só flui num clima de muita alegria e descontração. O mais comum é encontrarmos pessoas que comemoram os Sabás em grupo, mas mantêm um trabalho independente como Bruxo Solitário. Para se trabalhar num Coven é preciso que haja total afinidade entre os membros. Todas as opiniões devem ser ouvidas para que se chegue a um consenso.
O Coven é formado por 13 pessoas, cada uma representando um mês do ano, pois, nas Sociedades Matrifocais, o ano segue o Calendário Lunar de 13 meses de 28 dias, mais um dia, no total 365 dias. Daí vem a expressão “Um Ano e um Dia”, pois, quando é iniciada, a pessoa estuda durante esse período para, depois, confirmar seus votos. Não é necessário que se tenha 13 pessoas no Coven, pois é melhor se trabalharem duas ou três pessoas afinadas do que uma multidão que não se entende.
Um Coven problemático é uma grande dor-de-cabeça, e nenhuma energia positiva consegue fluir nessas condições. Ao atingir mais que 13 membros, algumas pessoas do Coven podem optar por formar seus próprios grupos interligados, dando origem ao que se chama de Clã. Dentro do Clã, todos os Covens mantêm a sua independência e trocam informações. Num Coven, todas as pessoas são iguais.
Muitas vezes, usa-se expressões no feminino. Isso não deve ser visto como se o homem fosse menos importante para a Wicca. Deve haver um equilíbrio entre as energias masculina e feminina para que haja harmonia em nossas vidas. Os covens possuem graus hierárquicos, dependendo de coven para coven. Normalmente os membros são:
  • Alta Sacerdotisa: a líder feminina de um coven, normalmente de terceiro grau. Ela representa a Deusa em um ritual e dá a palavra final em um círculo.
  • Alto Sacerdote: o líder masculino de um coven, normalmente de terceiro grau. Representa o Deus em um ritual.
  • Anciã(o): um membro do coven que mereceu seu terceiro grau e que seja ou tenha sido uma Alta Sacerdotisa ou Sacerdote em seu próprio coven.
  • Terceiro grau: completa e total dedicação aos Deuses e à comunidade Wicca.
  • Segundo grau: completou seu primeiro grau e é qualificado para ensinar estudantes do primeiro grau. É o grau do verbo: “fazer”.
  • Primeiro grau: aquele que se dedicou a aprender a Arte. Esse é o grau do verbo: “saber”.
  • Dedicado: aquele que está aspirando o primeiro grau e decide se dedicar ao caminho da Wicca.
  • Neófito: uma pessoa interessada em Wicca, mas que ainda não sabe nada.
Os covens devem escolher uma Alta Sacerdotisa e Sacerdote que sejam democráticos e bons, além de justos e sábios porque não importa o que os outros membros do coven falem é a Alta Sacerdotisa quem dá a palavra final, mesmo que essa seja contra todos os outros.
Os rituais são feitos após o crepúsculo, seguindo a Roda do Ano. Caso se trate de um ritual para a realização de um Feitiço, é melhor seguir as tabelas de Horário Planetário, mas sem se prender demasiadamente a eles, pois nem sempre se pode fazer o Ritual no dia e hora mais propícios. O Coven pode fazer alguma visualização ou alguma atividade relacionada com o Sabá ou Feitiço a ser realizado. Logo após, a Sacerdotisa e o Sacerdote realizam a Consagração do Vinho.
A Sacerdotisa segura o Cálice com ambas as mãos e diz:
Este é o Útero da Grande Mãe. Dele todas as coisas do Universo foram criadas.
Então, o Sacerdote segura o Athame com as duas mãos e introduz a ponta no Cálice, tocando levemente o vinho, enquanto diz:
Este é o Falo Divino. Este é o Poder da Fertilidade.

A Sacerdotisa diz:
A União da Deusa e do Deus foi feita. Toda a vida foi criada. Abençoado seja o Amor dos Deuses.
Todo o Coven responde:
Abençoado seja.
O Sacerdote retira o Athame do Cálice, beija a lâmina e recoloca no Altar. A Sacerdotisa derrama um pouco de vinho no Caldeirão (ou no chão, se o ritual for ao ar livre). Isto é chamado Libação, e representa uma oferenda aos Deuses. Depois, ela bebe um gole de vinho, dá o Cálice ao Sacerdote, que, após beber, passa aos outros membros do Coven. O último a beber devolve o Cálice à Sacerdotisa, que deve recolocá-lo no Altar. As funções do Sacerdote e da Sacerdotisa podem mudar durante a Consagração, mas, nesse caso, se o Sacerdote segura o Cálice, ele deve se ajoelhar diante da Sacerdotisa. Todos os membros devem beber vinho e comer um pedaço de pão, quando o ritual exigir que ele seja compartilhado. Nesse caso, o primeiro pedaço também deve ser jogado no caldeirão como oferenda. Depois da Consagração, os membros podem queimar suas oferendas e pedidos no Caldeirão.
Nessa hora, todos devem dar as mãos e girar ao redor do fogo, para criar o Cone do Poder. Esse é o
nome da Grande Massa de energia criada durante o Ritual. Ela circula pelos corpos energéticos de todos os membros do Coven e se junta num ponto acima do Círculo. Essa concentração de energia recebeu esse nome porque os videntes dizem enxergá-la em forma de cone, de onde vieram as representações de Bruxas e Magos usando chapéus pontudos.
Muitos dizem que essa forma auxilia a captação de poder, como acontece nas pirâmides.
Se você quiser testar é só fazer uns chapéus em forma de cone para o seu grupo. Se não ajudar em nada, pelo menos é bem divertido. Cabe à sacerdotisa perceber quando o nível de energia atingiu um nível satisfatório.
Então, ela ergue os braços e todos imitam o seu movimento, lançando o Cone em direção ao Universo, para que seus objetivos sejam realizados.
Depois de enviado o Cone, todos devem entrar numa fase de relaxamento, onde se pode dançar, ler poesias ou simplesmente partir para os Bolos e Vinho. Esse compartilhar de alimentos é uma das partes mais importantes do Ritual, pois é através da sua Alegria que você faz a verdadeira Comunhão com os Deuses. O Ritual não deve ter muitas formas rígidas. Cada um deve criar a sua própria forma de chamar os Deuses. Não se desespere caso você gagueje ou esqueça aquele belo ritual decorado. Dê umas boas risada e vá em frente.
Se você não tem senso de humor, esqueça a Wicca, pois você nunca será uma Bruxa.
Isto não quer dizer que você possa entrar no Círculo para fazer palhaçadas, sem nenhum respeito aos Deuses. A Bruxaria tem seus momentos de descontração e seriedade. Cabe a você saber diferenciar as situações.
Quando o grupo decidir terminar o Ritual, as pessoas que evocaram os Deuses devem agradecê-los e se despedir. A mesma pessoa que traçou o círculo deve abri-lo, fazendo o traçado no sentido oposto ao que foi traçado, e também deve se despedir de todas as entidades que foram convidadas e agradecer sua ajuda, dizendo:
Pelo Amor do Deus e da Deusa, pelos Guardiões dos Quatro Quadrantes, eu abro este
Círculo Sagrado. Ele está Aberto, mas não Quebrado. Que ele seja enviado ao Universo.
Feliz encontro, feliz partida, feliz encontro novamente. Que assim seja, para o Bem de Todos.
É muito importante a criatividade nos Rituais. Eles não devem ser interrompidos, e, salvo em caso de necessidade, nenhum membro deve sair do Círculo até o final. Se isso tiver que ser feito, deve-se pular a Vassoura para não quebrá-lo, pois, se isso ocorrer, todo o Ritual de Abertura terá que ser feito novamente. Quem tiver algum problema de Saúde não deve participar dos Rituais. Se alguma pessoa se sentir mal, deve sair imediatamente do Círculo. Grávidas, pessoas idosas ou muito jovens devem ter cuidados especiais.
Pode-se iniciar as pessoas no Coven a partir dos 13 anos, ou, no caso das meninas, após a primeira menstruação. Não é comum crianças pequenas nos Rituais, mas elas podem participar de alguns Rituais em família.
Para os que têm filhos, é aconselhável que se criem Rituais leves para que as crianças conheçam os Deuses e desenvolvam seu Amor pela Natureza. Um exemplo seria criar um Ritual simples para que as crianças consagrassem um jardim ou pedissem aos Deuses proteção para seus bichinhos de estimação.
A Bruxa Solitária deve seguir os mesmos passos dados acima, com a diferença de que ela mesma consagrará o Vinho e dançará em volta do Caldeirão para formar o Cone do Poder. Não se preocupe, pois você, desde que tenha a necessária concentração, poderá formar um Cone do Poder tão bom quanto um grupo de várias pessoas, especialmente se elas não estiverem em sintonia. Se a pessoa estiver sendo iniciada num Coven, ela deve ser trazida para dentro do Círculo e iniciada pela Sacerdotisa ou Sacerdote. Fará os votos e prometerá nunca revelar os nomes mágicos de seus companheiros do Coven. Em muitos Covens, a pessoa é apresentada aos Quatro Quadrantes, enquanto a Sacerdotisa desenha com o dedo um Pentagrama em sua testa e em seu coração. Então, a pessoa revela seu Nome Mágico para o Coven e recebe seu Athame, seu Pentagrama e outros símbolos do Coven.
Cada grupo deve criar seu próprio Ritual de Iniciação, mas procurando evitar coisas como vendar os olhos, amarrar ou encostar o Punhal no peito das pessoas, pois isso é bastante desagradável. O Ritual de Iniciação é uma ocasião festiva e não um trote de faculdade. Depois de Iniciada, a pessoa passará por um período de Um Ano e Um Dia de estudos para depois confirmar seus votos. Se, em algum momento, ela decidir deixar o Coven, poderá fazê-lo sem sofrer pressões, ameaças ou maldições.
O Coven não poderá fazer com que ninguém jure coisas absurdas nem interferir na vida particular de seus membros. Isto não cabe dentro da Wicca, e só pessoas desequilibradas agem dessa forma. Todas as pendências devem ser resolvidas durante os Esbas, de maneira amigável, e nunca durante os Rituais. Toda Bruxa deve ter a sua vida solitária fora do Coven, sendo que este não deve se responsabilizar ou intrometer nessas atividades. O Coven não pode exigir dinheiro para que as pessoas sejam iniciadas ou assistam aos rituais, mas é lícito que os membros contribuam para a manutenção do grupo e cobrem por serviços como cursos, palestras, atendimento através de oráculos, etc., visto que o grupo sempre precisará de fundos para se manter, funcionando como uma cooperativa.


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